sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Tríplice insônia

Descritível indiscrição;
Salientar minha'lma,
Manifestando...

Noite mal dormida, lembranças;
Instantes que nunca serão apagados da memória;
O corpo fica ausente...

O pensamento longe;
O que aconteceu com a gente?
Vago tempo... tempo vago...

Insônia, caudaloso rio em chamas;
Um pântano vegetal
Trescala o prumamento do agora.

A vida está pra chegar;
Sem dormir, a ânsia.
Como no último olhar,
O medo prosseguido...

Reflexões que não param.
Não sabemos onde querem chegar;
Uma coruja querendo amar;
A serpente querendo esquecer;

Insônia, grande insônia;
Não continues a me perseguir, mas persiga.
E persigas também outrem para que saiba
O valor da ausência.

Da cegueira, a imaginação.
E querem ver-nos acabar...
Findar num leito nupcial.
É carnal... surreal... amoral...
A presença passada que necessito, abrigo-a.

FSO