quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Impressão cosmopolita

Vertigem,
Dádiva de Deus.
Amar,
Castigo de Dionísio.
Arte,
Fé teatral.
Cultura,
Aqui? Onde?
Morte,
À beira de um abismo.
Durma,
Acorde e simplesmente dê mais um passo.
Que talvez,
Você será mais uma notícia de jornal.

FSO

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Hipocrisia enrustida

Pensa, pensa? Como?
Como pensa o andante pensante?
Na simplória nota harmônica
Dos sons mais gritantes,
Mata o cego, cega o nobre,
Nobre que antes era pensador,
Plena dor comandante

Emite uma nota das mais burguesas
E esquece valores etéricos,
Morte ao burguês!

Insano se é que ao menos poderia
Denominar-lhe algo
Dos seres mais hedônicos,
Morte ao burguês!

Não vou entregar-me.
Ideais! Ideais! Ideais!

Ofusquei-me na oclusão das palavras
Entreguei-me aos sentimentos...
Morte ao burguês!

FSO

sábado, 24 de outubro de 2009

Entre estrelas e sentimentos

Ventos sopram em desatino;
Vistas perdidas trepidam;
Cantos nostálgicos, olvido,
Gravado um planeta na memória.

Livro montanhês, gritos vermelhos,
Ponto inflexível, fascinante.
Uma flor ambulante, das mais fortes;
Negro encanto, doçura impetuosa;

Amor, encanto, tilintar, delírio;
Loucos num instante insano,
Perduram num dilúvio destinado
Às tropas meticulosas da paixão;

Feixes desatados suplicam o entrelaçamento;
Opala, condor, infindável;
Ilimitável, rastejantes nobres,
Oriundos de fato num ato soturno;

Inflama o guerreiro à que eles,
Calcanhar vulnerável, pronto a olhar-te,
Ficar, desejar, sonhar, um furacão,
Excitação do espírito venusiano cintilado pelo sol,
Cativa a imponência majestosa luzida;

A mais vigorosa cor já vista,
A coragem e a incontrolável força;
Vasos submersos e eu a querer sempre;
Uma luz que foi guiada há séculos
Para ter instância e dizer,

Amo-te, celestial planeta...
E então o sol nunca mais brilhou como antes...

FSO

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Casaco

Suspiros massificados da alma retraída;
Sinuosa, estala a curva.
Máquinas dos sonhos delirantes;
Do último beco, o louco surge
Restando-nos um pingo de esperança.

O crocodilo dos desejos;
Dragão da liberdade;
Árvore surreal das mais contorcidas cerdas;
Reflexos perplexos na rede caos sem sentido;
Navegou sob dois trilhos em direção às cores.

FSO

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Asas limitantes

Há quem diga que limite é.
Porém, pensadores da alma,
Um limite que limita o limitante do ser
Contra um cartesiano sistema reflexivo;

Tortuosos espirais que provocam
Um tufão no mundo alado;
Um parecer; pessoas estranhas
Quando você é o estranho.

Oh caldeirão lacrimal;
Ondulantes espaços deixa-te pleno;
E o sacrilégio da paz, em
Círculos sombrios da trina luna.

Um frio beijo na liberdade;
Comove a costura da transfiguração
De cinco pontas;
Fugaz, grite, expresse livremente...

FSO

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Lacônico veneno e doçura

Entreguei minha alma ao caos,
Insano, em breve a morte me libertaria;
Do roxo ao azul memorial,
Olhos desalentos, quimera.

Pulsos em chamas;
Sons labirínticos;
Brio ornamental;
Esmero ser confutável.

FSO

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Nostalgia da revoada

Áureo sopro místico
Refletem reflexos transparentes;
Dois pássaros se dispersam
Em campos de morango no olhar.

Dos mais lúdicos pensamentos sem nexo;
Um vago medo do obscuro segredo;
Caladas entranhas de labirintos,
Faz da arte, profecia de suas manhas.

Receio finito que atormenta o simplório amante
Do mais louco e cândido amor
Presente na revoada celeste
Do ressaltante temor.

Uma vertigem de um devaneio incessante;
Amor louco, louco Amor.
Luzes que ofuscam horizontes
Traçam árduos caminhos eminentes de rancor e ódio;

Paralela a seu inconsciente,
Uma magia;
Um olhar;
Um medo fúnebre.

FSO