sábado, 28 de novembro de 2009

No dia da "Liberdade de Expressão"

Expressar um sonho!
Entre as paredes sem nexo,
Algo inexprimível, compatível;
Indubitavelmente surreal.

Sombras guiam o manifesto;
Desejam esta pequena esfera,
Poder desarmar de tudo...
Para ser então, substancialmente livre.

Não somente livre,
Mas LIVRE...
Na mais pura perspicuidade,
Com total existência.

Dos sentimentos mais complexos,
Fascínio... loucura... caos...
A arte expressa sem melindrar,
Anunciando o que é de mais cativante.

Sonhar... sonhar... sonhar...
Com alguém que possa sonhar junto!
E GRITAR!
Soar a presença.

Neste dia, um brinde com um célebre GRITO!
Que incessantemente ecoa, paira e ama;
Graças aos céus embriagados de harmonia!
"Tim, tim... tim, tim...";
Cria-se... realiza-se... torna-se...

FSO
(Criado no dia: 14/07/2009)

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Sofisma

Dentre bifurcações compulsórias
Encontro a concepção do ser;
Saliente e brando escorre pelo pragmatismo;
Consente, acalma, sopra.
Aflora impetuosamente ele,
O olhar.

FSO

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Liberdade triunfante

Gritos, sentimentos, gritos;
Da centelha, ancora-se a volúpia;
Do amparo, a incerteza;
Cintila a natureza.

Gritos, sentimentos, gritos;
Do canto, o traçado;
Do silêncio, o olhar;
Espreita o luar.

Gritos, sentimentos, gritos;
Do devaneio, a loucura;
Da exaltação, a pedra;
Circunda o profeta.

Gritos, sentimentos, gritos;
Da escravidão mental, o cataclismo;
Os grilhões se partem...
A Liberdade!

FSO

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Profanação do medo

Oh Lua negra;
Agora suplico-te;
Invoco-te na imensidão
Da calada da noite;
Oro, oro, oro...

O ouro do brasão não precisa
Se esfacelar;
Penso, imagino, vejo,
Desejo.

FSO

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

O labor lunático

Vozes que contém o silêncio,
Se esbranja junto à alma;
Faz do vento rumo às terras opostas,
O homem visto contrário;

Afogando meio as tentações fúnebres;
Salientando as pegadas, trilhando caminho;
Um desencontro da existência
Confinado em seu reflexo.

Mergulha-se à fantasia do dragão celeste
Pegando fogo e queimando todo céu azul;
Um Narciso espiritual,
Sem forma, com coração.

Com o luar em suas costas,
Sustenta-se nas nuvens e cintilam
Estrelas de um sopro desvairado;
Dançando para um público fiel.

A mulher borboleta à sugar o bálsamo vivaz;
E o jardim, à circular o sorriso
Dos jovens com sua fé vermelha;
Sem seus pincéis;
Compondo canções eternas.

FSO

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Concisa obstinação

Disparos contra o eixo
Com um brinde de receio
Nos seios amargos de um copo
Nobre de puro rancor.

Cintila a vulnerabilidade
Com uma gota da sórdida
Taça debilitada em
Miscigenação lacrimal divina.

FSO

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

O olvido dos guerreiros

Mar parabólico,
Embaralhado pelo brilho lunar.
Na estrada encontrada por Hermes,
Um papiro és seguido;

Escrito por seres mitológicos,
Encantados, indecifráveis;
Faz do sortilégio mágico, reluzente.

Meio as letras, sussurros,
Desejos, chamas ardentes, pecado.
O dançar infatigável dos Deuses;
Argonautas perdidos sob estrelas.

O Clamar de Orfeu;
Oferenda de Diana,
Um bálsamo de dor.

FSO

domingo, 8 de novembro de 2009

Transmutação

Plainar na vida de ventos opostos,
Faz-nos voar.
Uma vida,
Um alto monte vermelho e azul.

Vou voar,
Vou cansar,
Vou mostrar...

Ligamos a vertigem do sentimento,
E nela, buscamos o nirvana;
Um baco enxalmado de flamas,
Aos montes, torna-se montanhas.

FSO

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Fortaleza

O mundo suspenso do olhar tenebroso
Vela a vigia da alma imponente;
Grita, revela, descobre o que transcende.
As portas param, o corpo estabiliza,
O equilíbrio não ressuscita.

Sintaxe emocional, transfiguração,
Cartas dantescas são transcritas,
Rara descritas, balu-arte;
Paradoxo semântico.

FSO

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Exatidão do ser

Vide e vedes senhorios,
O arcabouço está a proa;
Delinearemos o pranto,
Hesitaremos o erro,
Invoco-o...
O lunático estás em mim;
Eixo sinuoso de uma estadia
Má concebida;
Apenas na disparidade do nome;
Ilógico, irreal;
O ser gritante e insaciável;
Uma bela feição requintada
Despertas o errante,
Instiga o bom samaritano;
Surreal...
Rende-se ao silêncio.

FSO